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Afinal, leite é inflamatório?

Foto do escritor: Giana Ross Giana Ross

O leite é um alimento que faz parte do nosso dia a dia, é de fácil acesso e possui um lugar importante na alimentação de muitas pessoas.


Na busca por um estilo de vida saudável e pelo emagrecimento, muitas pessoas se perguntam se o consumo de leite pode causar inflamação e atrapalhar para a perder peso.


Antes de mais nada, é importante entender o que é a inflamação. A inflamação nada mais é que uma resposta à infecção ou lesão tecidual que ocorre para erradicar microrganismos ou agentes irritantes e para potenciar a reparação tecidual. Uma resposta natural do sistema imunológico do corpo a lesões. No entanto, a inflamação crônica e de baixo grau tem sido associada a uma série de problemas de saúde, incluindo ganho de peso e até mesmo a dificuldade na redução.


Existem estudos e teorias que sugerem que o leite pode ser inflamatório devido a algumas de suas características. Por exemplo, o leite de vaca contém uma proteína chamada caseína que, para algumas pessoas, pode ser de difícil digestão.


A verdade sobre o leite e a inflamação


Contrariando o mito do leite ser inflamatório, os estudos recentes mostram que o leite pode ter efeitos anti-inflamatórios, ainda que pequenos. O efeito anti-inflamatório é associado a presença de compostos como: ácido linoleico conjugado (CLA), lactoferrina, probióticos (no caso das bebidas fermentadas como o iogurte), antioxidantes como Vitamina E, Vitamina A, selênio e zinco. As pesquisas mais recentes não encontraram associação entre o consumo de leite e marcadores inflamatórios em indivíduos saudáveis.


APLV e Intolerância à Lactose


Embora o leite não seja inflamatório em geral, é importante lembrar que certas condições de saúde exigem um cuidado especial na prescrição e consumo do leite. Alergia à proteína do leite de vaca (APLV) e intolerância à lactose são dois exemplos em que a restrição do leite pode ser necessária.


A APLV é uma reação alérgica às proteínas do leite de vaca, sendo mais comum em crianças. Nesses casos, a exclusão do leite e seus derivados é fundamental para evitar reações adversas. Já a intolerância à lactose é uma condição em que o organismo tem dificuldade em digerir a lactose, o açúcar presente no leite e seus derivados. Pessoas com intolerância à lactose podem apresentar sintomas gastrointestinais, como cólicas, diarreia e flatulência, após o consumo de leite.


Nesses casos, estratégias como o consumo de leite com baixo teor de lactose ou o uso de enzimas lactase podem permitir que essas pessoas utilizem o leite sem desconforto. A intolerância à lactose não significa que todos os laticínios devem ser evitados, pois iogurte e queijo, por exemplo, costumam ser bem tolerados e fornecem benefícios nutricionais.


É importante destacar que, apesar dessas condições específicas, muitos laticínios contêm uma variedade de nutrientes essenciais para a saúde, como cálcio, vitamina D e proteínas de alta qualidade.


A exclusão desnecessária do leite da dieta pode levar a deficiências nutricionais se as fontes alternativas não forem cuidadosamente selecionadas. Portanto, é fundamental a orientação do nutricionista para um plano alimentar adequado, levando em consideração suas necessidades específicas de saúde.


No final, a chave para o sucesso na perda de peso está em adotar um estilo de vida saudável e equilibrado, que inclui uma alimentação variada e prática regular de atividade física.

 
 
 

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